segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

a misericórdia de Deus é a causa de termos uma nova chance


Texto Básico
Lucas 15.11-32
 
A misericórdia de Deus é a causa de termos uma nova chance
Esta passagem nos fornece informações sobre um moço que tomou uma atitude de abandonar suas terras onde vivia coma família e sob os cuidados do seu pai, para viver em completa liberdade, sem precisar prestar contas de seus atos, numa região distante, junto a um povo com outros costumes e cultura, levando consigo tudo que possuía, sem deixar para trás absolutamente nada à espera de um possível retorno. Esta parábola não transmite apenas uma grande lição, e sim várias lições. E é justamente nessas lições que vamos aprender nesta noite.
1.      Primeira lição: encontramos nela um homem seguindo a inclinação natural de seu coração;
Nosso Senhor nos mostrou um “filho mais moço” que se apressou em seguir seu próprio caminho, partiu para uma terra distante, longe da casa de um pai bondoso, e “dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente”. Temos aqui um retrato fiel da mentalidade com a qual todos nós nascemos; Somos semelhantes a esse rapaz. Por natureza, somos orgulhosos. Não temos prazer na comunhão com Deus. Apartamo-nos dele, indo para bem distante de sua pessoa. Desperdiçamos nosso tempo, energias, capacidades, afeições em coisas inúteis. Na conduta do filho mais moço, vemos o coração do homem natural; assim como diz (Is 53.6) todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desvia seguindo seu próprio caminho.
2.      Segunda lição: vemos nesta parábola um homem descobrindo, através de amarga experiência, que os caminhos de pecado são árduos;
Nesta passagem nos mostra o filho mais moço desperdiçando todos seus bens, sendo reduzido à condição de necessitado e obrigado a assumir o trabalho de “guarda porco” - A maior das vergonhas e dos castigos para um judeu era ter que se aproximar ou lidar com porcos, pois desde a antiguidade judaica esses animais representavam a impureza, a imundícia e o afastamento total de Deus (Lv 11.7). E sentindo-se tão faminto, que estava disposto a “fartar-se das bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada”.
            Estas palavras descrevem uma situação muito comum entre os homens. O pecado é um senhor severo; pessoas incrédulas nunca são verdadeiramente felizes. Professam serem pessoas de espíritos otimistas e alegres, mas frequentemente estão inquietas em seu íntimo. Existe uma fome em seu íntimo, ainda que muito se esforcem para ocultá-las. Todos estão passando por necessidade espiritual. Milhares e milhares estão enojados em seu coração, insatisfeito consigo mesmo, cansados de seguirem seus próprios caminhos e completamente intranquilos. Como (Is 57.21) afirma: “para os perversos diz o meu Deus, não há paz”.
3.      Terceira lição: vemos nesta parábola um homem despertando para o senso de sua condição natural e decidido a arrepender-se.
V.v, 17, 18. Milhões de pessoas têm raciocinado dessa maneira e dizem para si mesmas estas coisas todos os dias. Mas pensar tais coisas não implica em uma mudança de coração, mas pode ser o começo. Os homens precisam estar cientes de que não devem limitar-se apenas a pensar. Nutrir bons pensamentos sempre é bom para a alma, mas não resultam no cristianismo que salva. Se o filho pródigo não tivesse ido além de pensar, teria permanecido longe de casa até ao dia de sua morte.
4.      Quarta lição: vemos um homem se convertendo a Deus com o verdadeiro arrependimento e fé.
Nosso Senhor nos mostra o filho pródigo abandonando a terra longínqua onde estava e retornando à casa de seu pai, colocando em prática as boas intenções que tivera e confessando sem reservas seu pecado. “E, levantou-se, foi...”.
            O jovem apresenta um autêntico arrependimento e uma conversão verdadeira. O coração em que se iniciou a genuína obra do Espírito Santo jamais ficará contente em somente pensar e decidir. Ele romperá com o pecado e abandonará sua companhia. Cessará de fazer o mal e aprenderá a praticar o bem. Há de converter-se a Deus com humilde oração e confessará suas iniquidades. Não tentará justificar seus pecados. Ele dirá assim como Davi em (Salmos 51.3): “Eu conheço as minhas transgressões”, ou como publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18.13). Acautelemo-nos de qualquer falso arrependimento que não possui tais características. Agir é a própria essência do arrependimento para a salvação. (II Co7.10) “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. Sentimentos, lágrimas, remorsos, desejos são inúteis, se não forem acompanhados por ação e mudança de vida. Pois tais sentimentos cauterizam a consciência e endurecem o coração.
5.      Quinta lição: O arrependimento sendo prontamente aceito, gratuitamente perdoado e declarado justo por Deus.
Vv. 18-24, nesta parábola nos mostra em letras grandes, o infinito amor do Senhor Jesus para com os pecadores. Ensina o quanto o Senhor está disposto em receber todos os que vêm a Ele e quão completo e imediato é o perdão que ele está pronto para outorgar. Com diz em (Sl 86.5) “Tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que invocam”. (Obs: olhar no rodapé da Bíblia King James n°10).
Conclusão: A ilimitada misericórdia de nosso Senhor deve ser gravada profundamente em nossa memória e arraigada em nosso coração. Jamais esqueçamos: ele recebe pecadores. J.C.Ryle 

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