Entendendo
o sofrimento biblicamente
Todas as visões tradicionais
sobre Deus têm em comum a crença de que Deus conhece de antemão tudo o que
acontecerá no futuro e de que ele conhece tudo em relação a ações e eventos
futuros, com detalhes precisos. Com isto, não podemos concluir que Deus seja
responsável pelo mal, ou seja, o autor do pecado. Mas sim dizer que Deus é
supremo e construtor de toda história humana.
Vou demonstra neste ensino,
alguns princípios bíblicos sobre o sofrimento do ser humano:
1.
Principio: o sofrimento não faz parte da
natureza de Deus e nem da sua criação.
As escrituras são muitas
claras; Salmos 5.4 afirma: “tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça,
nem o mal habita contigo” e o Salmos 107.1 exorta: “rendei graças ao Senhor, pois
ele é bom; seu amor dura para sempre”. A Bíblia deixa clara ao afirmar que a
criação de Deus era boa e somente boa. Em Gênesis 1.31 diz “E Deus viu tudo
quanto fizera, e era muito boa. E foram-se tarde e a manhã, o sexto dia”. E
também está registrado que na nossa morada celestial não haverá sofrimento e
dor. Apocalipse 21.3,4 declara: “E ouvi uma forte voz, que vinha do trono e
dizia: o tabernáculo de Deus está entre os homens, pois habitará com eles. Eles
serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele lhes enxugará dos olhos
toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porque
as primeiras coisas já passaram”.
2.
Princípio: o sofrimento é um instrumento para
seus desígnios.
Embora o sofrimento não seja
algo bom aos nossos olhos; Deus tem usado como ferramenta para seus propósitos
e desígnios para pessoas. Considere alguns exemplos das escrituras em que vemos
Deus empregando a dor e a aflição como seus instrumentos para o bem.
A.
Primeiro instrumento: O juízo.
Deus usou o sofrimento para
trazer juízo sobre aqueles que se opõem a ele. E pode até em resulta em morte,
caos a dureza do coração persista: exemplo disso é a rebelião de Corá, Datã e
Abirão (Nm 16.31-35 e 41-50) contra Moisés. Pois eles foram engolidos vivos
pela terra. Não somente eles, mas também todos que estavam sendo cúmplices
deles. E nesta outra passagem; diz as escrituras que o povo se lamentou por
terem morrido os rebeldes, então veio uma praga vinda da parte Deus para
matarem esses que estavam se rebelando também, então Moisés mandou a Arão fazer
expiação por eles; porque o Senhor se indignou contra estes. E neste dia
morreram 14700 pessoas.
B.
Segundo
instrumento: A disciplina.
Deus designa certa dose de
dor como ferramenta de disciplina para chamar filhos teimosos de volta a ele.
Como está registrado em Pv 3.12 “ Porque o Senhor repreende a quem ama, assim
como o pai, ao filho a quem quer bem. Conforme C. L. Lewis acertadamente diz: o
sofrimento é o “megafone” de Deus chamando corações rebeldes.
C.
Terceiro instrumento: O fortalecimento.
A aflição pode ser escolhida
por Deus almejando o crescimento e o fortalecimento da fé dos cristãos. Em Rm
5.3-5 diz “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações,
sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência, a
experiência, a esperança. E a erperança não traz confusão, porquanto o amor de
Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
D.
Quarto instrumento: termos a evidência da
força e da glória.
Só se torna evidente a
glória do Senhor e sua força em nossas vidas. Quando nos gloriamos nas nossas
debilidades, ou seja, nas nossas fraquezas. Paulo 2Co 12.8-10 afirma: Acerca do
qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim. E disse-me: a
minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que mim habite o poder
de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades,
nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou
fraco, então, sou forte.
E.
Quinto instrumento: A Habilidade de ajudar o
próximo.
A aflição pode ser dada por
Deus de modo que os cristãos sejam mais habilitados a servir ao próximo, no
sentido de consolar os que estão passando pelos problemas similares ou até
maiores do que já passamos. A Bíblia nos confirma em 2Co 1.3-4 “Bendito seja o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o pai das misericórdias e o Deus de
toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também
possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com
que nós somos consolados de Deus.
Conclusão:
O sofrimento é simplesmente
uma parte necessária do discipulado cristão, no sentido de que seguir o caminho
que Cristo andou implicará sofrimento, a fim de provar e testar nossa lealdade
e esperança nele, e nele somente. 2Tm 3.12 “E também todos os que piamente
querem viver em Cristo Jesus padeceram perseguições”. - “questões de fé ficam
fora das explicações da razão. Bruce a Ware”.
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